Logo de manhã cedo, ele foi até a minha casa, com isso tudo
que havia acontecido não nos víamos há uma semana, pois nem para a escola ele
ia mais, então eu o vi, e ficamos abraçados por uns 2 minutos, e ele entrou
sentou no sofá ficamos sentados calados por um bom tempo até que ele olhou pra
mim e disse: “Minha mãe disse que eu
tenho duas escolhas, uma é ir com ela e meus irmãos pra Paraíba, e a outra é
ficar aqui e construir a minha vida sozinho, eu não sei o que fazer, o que você
acha?” Nesse momento eu só pensava em dizer “fica” mas o que eu disse foi:
“Eu sei que é difícil, ficar aqui e
construir a sua vida sozinho ia ser muito difícil, você sabe a minha opinião,
mas você tem que ver o que é melhor pra você.” Ele abaixou a cabeça, ficou
olhando fixamente pro chão por um tempo, e disse: “Eu preciso falar com a sua mãe.” “Falar o que? Eu chamo ela aqui.”- disse eu. Ele apontou para a
minha irmã que estava no computador na nossa frente, então eu entendi que ele
não queria falar na frente dela, minha mãe estava no quarto, então eu disse: “Vamos lá no quarto então.” Nos
levantamos e ele disse: “Espera, eu nunca
falei isso antes tenho que pensar nas palavras.” Eu parei, olhei pra ele e
disse: “Você geralmente pensa antes de
falar?” “Não, só quando é muito
importante.” – ele disse ainda se olhando no espelho: “Vamos.”
Ao entramos no quarto vimos minha mãe fazendo as unhas: “Mãe, o Breno quer falar com você.” –
disse eu. Ela sem olhar para nós e continuando a fazer as unhas disse: “Pode falar.”.
Eu nem imaginava o que ele iria dizer, mas estava nervosa
não sei por que, então ele começou: “Bom,
a senhora sabe que eu gosto muito da sua filha...” Nesse momento eu pensei
“Eu não acredito que ele vai dizer isso!”
Ele deu uma pausa, respirou fundo e continuou: “Eu acho que a senhora já sabe que eu estou prestes a me mudar, eu sei
que vai ser difícil eu pensei muito nela antes de falar isso, pedi conselhos
para minha mãe que por falar nisso gosta muito dela, mas eu estou decidido, e
por mais difícil que possa ser eu quero pedir a mão dela em namoro.”
Pronto, ditas estas palavras eu, que estava olhando pra ele abaixei a cabeça,
ao mesmo tempo por medo da resposta, por incredulidade de que alguém havia tido
essa coragem, e por nervosismo e esperança ao mesmo tempo, minha mãe parou de
fazer as unhas quando ele terminou de falar, pensou, olhou pra ele disse: “Você disse bem, vai ser muito difícil e
vocês são muito novos, namoro à distância dói muito e assim como você pensou
nela, eu também estou pensando nela ao dizer que não dá no momento.” Ele
entendeu, e mesmo tristes fomos pra sala e o silêncio foi nosso companheiro,
apenas nos sentamos e ficamos nos olhando até que ele pediu meu celular e
colocou músicas que tinham a ver com tudo que vivemos, eu estava segurando
muito para não chorar, até que eu olho pra ele e o vejo se desmanchando em
lágrimas mesmo ele tentando esconder que
chorava eu conseguia ouvir, eu realmente percebi que ele me amava.
No dia seguinte, que fora o dia da partida e definitiva
separação entre nós eu escrevi uma carta para ele, comprei um chaveiro de skate
que ele adorava e eu e minha mãe fomos nos despedir, mal sabia eu que era a
última vez que nos veríamos até então.
Quando estacionamos o carro na frente da casa dele levamos
um susto, pois não havia carro nenhum em frente a casa, e a mesma se encontrava
toda fechada e só havia um homem parado na frente, eu automaticamente pensei
“Ele já foi embora” então minha mãe perguntou para o homem: “O Breno tá ai?” “Sim.”- disse ele entrando na casa, e quando eu menos espero Breno, Emerson
e Henio aparecem na porta.
Eu e minha mãe descemos do carro e eu dei um suspiro
aliviada por vê-lo, era um dia chuvoso então ele me tirou do carro com um guarda-chuva
até a porta, entramos e eu e minha mãe sentamos em um sofá, e ele os amigos e a
mãe dele sentaram no outro, apenas ficamos nos olhando e elas conversando, não
era o tipo de despedida que eu tinha em mente, até porque tivemos pouco tempo
pois eu e minha mãe tínhamos um compromisso.
Eu estava agoniada com isso, eu queria falar a sós com ele e
entregar os presentes, e quando sentia raiva em pensamento ele pediu meu
celular, escreveu e me entregou dizendo que eu estava linda, eu agradeci e
disse que tinha presentes pra ele, ele disse que não tinha nada, e isso
passando o celular um pro outro sendo que estávamos frente a frente, então o
que eu mais temia aconteceu minha mãe me chamou para irmos embora.
Nos levantamos em direção a porta, eu abracei a mãe dele e
os amigos, e minha mãe foi abraçar a mãe dele, enquanto isso eu tirei os
presentes da bolsa e entreguei, ele agradeceu e disse que nunca iria esquecer,
e ele pegou o guarda-chuva para me levar até o carro, na porta ele ficou meio
indeciso em onde dar o beijo, mas como minha mãe estava dentro do carro foi na
bochecha e disse: “Venham nos visitar.” E foi isso, ele fitou o carro até
ele sair de vista, e eu não consegui olhar para trás.
[: GuteGute.... me emocionei d novo com esse capítulo da sua história,, (Sério msm)..... :}
ResponderExcluirNossa eu não imaginava que tinha sido tão intenso amiga. Eu quase chorei aqui, muito muito verdadeiro.
ResponderExcluirburacosnojeans.blogspot.com
Sério gente? Me falaram mesmo que foi intenso, e realmente foi..dá um livro realmente.
ResponderExcluiré msm ... sem dúvidas
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